quinta-feira, 30 de julho de 2009

Eunapolis: A criação


Em um pequeno vilarejo chamado sesenta e quatro, moravam a senhora Madalena e o senhor Ademario, eles eram casados há dez anos. Há cinco anos tentavam ter filhos, porém nunca conseguiram. O senhor Ademario após, tentar de todas as maneiras, ter filhos, finalmente resolveu, recorrer ao último recurso cabivel, ir a um centro de MACUMBA. Chegando lá conversou com Guum, o macumbeiro. Guum disse:
-Posso te ajudar, mas terá que paga um preço alto.
-Qual?
-Bom, quando seu filho completar dezoito anos, caíra uma maldiçao no vilarejo, onde moram.
Ademario, pensou, pensou e pensou e finalmente chegou a uma conclusao. Ademario disse:
-Aceito, pois a maldiçao nao será do filho.
Depois foi para casa contar a noviadade para dona Madalena, ao ouvir, ficou espantada, com o acontecido, mas acabou aceitando, só porque ser mae era seu grande sonho. Logo em seguida foram providenciar seu filho.
Depois de dois meses, dona Madalena confirmou a grávidez, feliz da vida. Foram comemorar o acontecido, na venda do Zé, junto com amigos, que acompanharam eles nas inumeras tentativas de ter filhos e viram todo o sofrimento do casal, durante anos.
Passaram –se alguns meses e Ademiro nasceu e foi recebido com uma grande festa na venda do Zé, pois o fato de dona Madalena, finalmente ter conseguido ter um filho era um grande acontecimento. Ela estava adorando a experiencia de ser mae pela primeira vez, era um sonho realizado.
Passaram-se exatamente dezoito anos. Era o dia do aniversario de Ademiro e niguêm se lembrou, ele também nao fez questao de lembrar, ao anoitecer ele foi dormir. Quando amanheceu ele percebeu que nao era mais o mesmo, tinha se transformado em um monstro. Mas o pior foi quando ele abril a janela de seu quarto e percebeu que nao suportava ficar exposto ao sol. Foi correndo para fora de casa, quando deu-se de cara com seus país. Assustados atacaram Ademiro, ele ao se defender acabou matando seus país sem querer.
Correndo sem parar, acabou chegando a uma caverna, onde tornou seu refúgio. Ficou o dia todo escondido, ao anoitecer se sentiu bem melhor e sentiu uma vontade enorme de fazer maldade. Foi entao a caça.
Chegando em uma festa ele seduziu uma mulher e se afastou da multidao, para ficar sozinho com ela. A estrupou e depois a matou. E assim foi fazendo todo a noite, era um meio de se alimentar e satisfazer o estinto animal, que herdou ao completar dezoito anos.
Chegou no vilarejo de sessenta e quatro, um moço chamado Eunápio, este era muito misterioso. Passado uma semana no vilarejo, ele só ouvia falar do monstro noturno que atacava as mulheres, estrupava-as e depois matava-as. Ficou interessado e resolveu investigar.
Até que depois de semanas investigando, descobriu o refúgio do monstro. Sendo assim comunicou ao povo do vilarejo e combinou deles se encontrarem na caverna, onde o monstro noturno se escondia. Ademiro ao chegar a sua caverna depois de mais uma noite de chacina, se deparou com um batalhao. O primeiro a ataca-lo foi Eunápio que travou uma luta intensa com o monstro. Eunápio saiu vitorioso, mas estava muito ferido e nao resistiu, acabou morrendo.
Em homenagem a Eunápio, que morreu salvando sesenta e quatro, do monstro que nao dava paz ao povo.O vilarejo foi batizado com o nome Eunápolis, sendo assim o povo passou a se chamar cidadaos eunápolitanos .

Gramática

Paradoxo



Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.





Metáfora



Metáfora é uma figura de estilo (ou tropo linguístico), que consiste na comparação de dois termos sem o uso do conectivo.



"Amor é fogo que arde sem se ver"

— Luís de Camões


O termo fogo mantém seu sentido próprio - desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis, como, por exemplo, o carvão - e possui sentidos figurados - fervor, paixão, excitação, sofrimento etc.
Didaticamente, pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, "como"), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.


Meu coração é um balde despejado



— Fernando Pessoa



Metonímia



Chama-se de metonímia ou transnominação uma figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles.
Definição básica: Figura retórica que consiste no emprego de uma palavra por outra que a recorda.



Antítese


Antítese é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de idéias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Esse recurso foi especialmente utilizado pelos autores do período Barroco. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. É uma figura relacionada e muitas vezes confundida com o paradoxo. Várias antíteses podem ser feitas através de Amor e Ódio, Sol e Chuva, Paraíso e Inferno, Deus e Diabo.
A antítese é a figura mais utilizada no Barroco, estilo de época conhecido como arte do conflito, em que também há presença de paradoxos, por apresentar oposições nas idéias expressas.



Ambiguidade


A função da ambigüidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção. Embora funcione como recurso estilístico, a ambigüidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da oração.vejamos um exemplo:João comeu um frango fantasiado de palhaçoa frase acima, pode dar sentido aJoão estava fantasiado de palhaçoO frango estava fantasiado de palhaço

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Vinicius de Moraes

A volta da mulher morena

Meus amigos, meus irmãos, cegai os olhos da mulher morena
Que os olhos da mulher morena estão me envolvendo
E estão me despertando de noite.
Meus amigos, meus irmãos, cortai os lábios da mulher morena
Eles são maduros e úmidos e inquietos
E sabem tirar a volúpia de todos os frios.
Meus amigos, meus irmãos, e vós que amais a poesia da minha alma
Cortai os peitos da mulher morena
Que os peitos da mulher morena sufocam o meu sono
E trazem cores tristes para os meus olhos
Jovem camponesa que me namoras quando eu passo nas tardes
Traze-me para o contato casto de tuas vestes
Salva-me dos braços da mulher morena
Eles são lassos, ficam estendidos imóveis ao longo de mim
São como raízes recendendo resina fresca
São como dois silêncios que me paralisam.
Aventureira do Rio da Vida, compra o meu corpo da mulher morena
Livra-me do seu ventre como a campina matinal
Livra-me do seu dorso como a água escorrendo fria.
Branca avozinha dos caminhos, reza para ir embora a mulher morena
Reza para murcharem as pernas da mulher morena
Reza para a velhice roer dentro da mulher morena
Que a mulher morena está encurvando os meus ombros
E está trazendo tosse má para o meu peito.
Meus amigos, meus irmãos, e vós todos que guardais ainda meus últimos cantos Dai morte cruel à mulher morena!

Vinicius de Moraes


A mulher que passa
Meu Deus, eu quero a mulher que passa
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos leves são relva boa Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.
Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me concontrava se te perdias?
Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?
Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!
Que fica e passa, que pacífica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.

sábado, 11 de julho de 2009

Poema Enjoadinho

Vinícius de Moraes

Filhos... Filhos?

Melhor não tê-los!

Mas se não os temos

Como sabê-lo?

Se não os temos

Que de consulta

Quanto silêncio

Como os queremos!

Banho de mar

Diz que é um porrete...

Cônjuge voa

Transpõe o espaço

Engole água

Fica salgada

Se iodifica

Depois, que boa

Que morenaço

Que a esposa fica!

Resultado: filho.

E então começa

A aporrinhação:Cocô está branco

Cocô está preto

Bebe amoníaco

Comeu botão.

Filhos? Filhos

Melhor não tê-los

Noites de insônia

Cãs prematuras

Prantos convulsos

Meu Deus, salvai-o!

Filhos são o demo

Melhor não tê-los...

Mas se não os temos

Como sabê-los?

Como saber

Que macieza

Nos seus cabelos

Que cheiro morno

Na sua carne

Que gosto doce

Na sua boca!

Chupam gilete

Bebem shampoo

Ateiam fogo

No quarteirão

Porém, que coisa

Que coisa louca

Que coisa linda

Que os filhos são!

quinta-feira, 9 de julho de 2009



•NURC - Norma Urbana Culta.FundaçãoO Projeto da Norma Lingüística Urbana Culta foi criado, em âmbito nacional, em 1969, com a indicação dos coordenadores para as cinco cidades em que se desenvolveria o projeto, selecionadas de acordo com os seguintes critérios: ter pelo menos um milhão de habitantes e estratificação social suficiente para atender às exigências do projeto. A coordenação do projeto no Recife coube ao professor José Brasileiro Tenório Vilanova, titular de Língua Portuguesa na Universidade Federal de Pernambuco. No Recife, os trabalhos começaram oficialmente em 1971, com a seguinte equipe: Amara Cristina de Barros e Silva Botelho, Adair Pimentel Palácio, Edileuza dos Santos Dourado, Eneida Martins de Oliveira, Glécia Benvindo Cruz, José Ricardo Paes Barreto, Maria Núbia da Câmara Borges e Maria da Piedade Moreira de Sá. O Projeto NURC se insere na linha de pesquisa “Análise Sócio-Pragmática do Discurso, do PPGLetras.


Objetivo

O Projeto de Estudo da Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC) tinha inicialmente o objetivo de documentar e descrever a norma objetiva do português culto falado em cinco capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. A partir de 1985, considerando as novas tendências de análise lingüística, ampliou-se o escopo do projeto, no sentido de abraçar outros aspectos, tais como: análise da conversação, análise da narrativa, análise sócio-pragmática do discurso e outros.


Infraestrutura

O NURC-RE funciona numa sala ampla, situada no prédio do Centro de Artes e Comunicação (CAC) com um pequeno acervo de livros, teses e dissertações, uma bancada com dois computadores ligados à internet e uma impressora multifuncional, além de dois gravadores de rolo (já bastante antigos). Possui um ambiente para reuniões de pesquisa e três pequenas salas para os pesquisadores. Embora modestos, os recursos são suficientes para que se possa ir levando adiante a pesquisa.